Calculadora de subsídios de dobragem (online e gratuita)

Alguma vez teve dificuldade em calcular a margem de curvatura correcta para os seus projectos de chapa metálica? Nesta publicação do blogue, vamos mergulhar no mundo das tolerâncias de dobragem e explorar como utilizar uma calculadora de tolerâncias de dobragem para otimizar o seu fluxo de trabalho. Como engenheiro mecânico experiente, partilharei as minhas ideias e explicarei os conceitos subjacentes a esta ferramenta útil. Prepare-se para aprender a obter dobras precisas e poupar tempo no seu próximo projeto!

Calculadora de dobragem

Índice

Para os novos operadores de prensas dobradeiras que podem não estar familiarizados com as complexidades do cálculo da tolerância de dobra, uma calculadora de tolerância de dobra pode ser uma ferramenta inestimável. Esta calculadora simplifica o processo, garantindo resultados exactos e tornando o trabalho diário mais eficiente.

I. Calculadora de dobras

Parâmetros necessários para o cálculo

Para utilizar eficazmente a calculadora da margem de curvatura, os operadores devem introduzir os parâmetros seguintes:

  1. Espessura do material: A espessura do material influencia o raio de curvatura e a margem de curvatura global.
  2. Raio interior: O raio da curvatura na superfície interior do material.
  3. Fator K: Uma relação que ajuda a determinar a localização do eixo neutro durante a flexão.
  4. Ângulo de curvatura: O ângulo em que o material é dobrado.

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II. O que é Tolerância de dobragem?

A tolerância de dobragem é o comprimento adicional de material necessário quando se dobra uma chapa metálica para atingir as dimensões finais pretendidas após a conformação. Compensa o estiramento e a compressão que ocorrem no material durante o processo de dobragem. A margem de dobragem varia com base em vários factores:

  1. Propriedades do material: Diferentes materiais têm diferentes elasticidades e plasticidades, que afectam o quanto o material se estica ou comprime durante a flexão.
  2. Espessura da chapa: As chapas mais grossas requerem geralmente uma margem de dobragem maior do que as chapas mais finas do mesmo material.
  3. Método de dobragem e ferramentas: O tipo de processo de dobragem (por exemplo, dobragem por ar, bottoming, cunhagem) e o design da matriz de dobragem podem influenciar a tolerância de dobragem.
  4. Raio de curvatura interior: Um raio de curvatura interior mais apertado requer normalmente uma margem de curvatura mais pequena do que um raio maior.

Os valores das tolerâncias de dobragem são normalmente determinados através de uma combinação de dados empíricos, cálculos matemáticos e experiência prática. Os projectistas e engenheiros de chapa metálica experientes desenvolveram tabelas e fórmulas de tolerância de dobragem ao longo de anos de testes e verificações repetidos.

Utilizando a fórmula de dobragem adequada ou consultando gráficos de dobragem fiáveis, os designers podem calcular com precisão as dimensões do padrão plano de uma peça de chapa metálica que produzirá as dimensões de dobragem finais desejadas. Isto é crucial para criar padrões planos exactos e garantir que a peça dobrada se adapta e funciona como pretendido.

III. Fórmula da dobragem

Os cálculos da tolerância à dobragem e da dedução da dobragem são métodos essenciais utilizados para determinar o comprimento das matérias-primas de chapa metálica na sua forma plana, assegurando que o tamanho pretendido da peça dobrada é alcançado. A compreensão destes cálculos é crucial para a precisão no fabrico de chapas metálicas.

Método de cálculo da margem de curvatura:

A margem de dobragem (BA) é a quantidade de material que é adicionada ao comprimento total da chapa plana para ter em conta o material que será utilizado na dobragem. 

A equação seguinte é utilizada para determinar o comprimento total de aplanamento quando é utilizado o valor da tolerância de curvatura:

Lt = A + B + BA

Onde:

  • 𝐿𝑡 é o comprimento total do plano.
  • 𝐴 e 𝐵 são os comprimentos das duas secções rectas da chapa metálica antes da dobra (como mostra a figura).
  • 𝐵𝐴 é o valor da tolerância à flexão.

Método de cálculo da dedução de dobras:

A dedução de dobragem (BD) é a quantidade de material que é subtraída do comprimento total da chapa plana para ter em conta o material que será utilizado na dobragem. 

A equação seguinte é utilizada para determinar o comprimento total de aplanamento quando se utiliza o valor de dedução da curvatura:

Lt = A + B - BD

Onde:

  • 𝐿𝑡 é o comprimento total do plano.
  • 𝐴 e 𝐵 são os comprimentos das duas secções rectas da chapa metálica antes da dobra (como mostra a figura).
  • 𝐵𝐷 é o valor de dedução da curvatura.

Outros métodos de cálculo

Para além dos métodos de dedução de dobragem e de dedução de dobragem, podem ser utilizadas outras técnicas para determinar o comprimento plano de matérias-primas de chapa metálica. Estas incluem:

  • Gráfico de tolerância à flexão: Uma tabela pré-calculada que fornece valores de tolerância de curvatura para vários materiais e ângulos de curvatura.
  • Fator K: Rácio que representa a localização do eixo neutro em relação à espessura do material. É utilizado em cálculos de flexão mais precisos.
  • Cálculos de flexão: Estas envolvem fórmulas e considerações mais complexas, como as propriedades do material, o raio de curvatura e a espessura, para obter resultados exactos.

IV. Tabela de tolerâncias de dobragem

1. Tabela de tolerância à flexão para SPCC (aço macio)

MaterialEspessuraÂngulo de flexãoAbertura VRaio interiorTolerância de curvas
SPCC0.590V40.50.95
1000.73
1350.3
1750.03
  
SPCC0.590V50.51.03
1000.79
1350.33
1750.03
  
SPCC0.590V60.51.1
1000.85
1350.35
1750.03
  
SPCC0.690V40.51.08
1000.83
1350.35
1750.03
  
SPCC0.690V50.51.15
1000.89
1350.37
1750.03
  
SPCC0.690V60.51.23
1000.95
1350.39
1750.03
  
SPCC0.890V60.51.49
1200.73
1350.47
1500.25
  
SPCC0.890V801.64
1200.81
1350.52
1500.27
  
SPCC0.890V1001.79
1200.88
1350.57
1500.3
  
SPCC190V1002.05
1001.58
1201.01
1350.62
1750.06
SPCC190V801.9
1001.47
1200.93
1350.6
1750.05
SPCC190V601.74
1001.35
1200.86
1350.56
1750.05
SPCC1.290V101.42.31
1001.78
1201.13
1350.73
1750.06
SPCC1.290V81.42.15
1001.66
1201.06
1350.69
1750.06
SPCC1.290V61.42
1001.55
1200.98
1350.64
1750.05
SPCC1.590V61.72.36
1001.82
1201.16
1350.75
1750.06
SPCC1.590V121.72.8
1002.17
1201.38
1350.89
1750.08
SPCC1.590V101.72.65
1002.05
1201.31
1350.85
1750.07
SPCC1.590V81.72.5
1001.94
1201.23
1350.8
1750.07
SPCC290V1023.29
1002.54
1201.62
1351.05
1750.09
SPCC290V1223.44
1002.66
1201.69
1351.1
1750.09
SPCC2.590V183.034.6
1003.56
1202.26
1351.47
1750.12
SPCC2.590V123.034.15
1003.21
1202.04
1351.32
1750.11
SPCC2.590V103.034
1003.09
1201.97
1351.28
1750.11
SPCC390V183.133.135.22
1004.03
1202.57
1351.66
1750.14
SPCC390V123.134.78
1003.69
1202.35
1351.52
1750.13
SPCC390V103.134.63
1003.58
1202.28
1351.48
1750.13

2. Tabela de tolerância à flexão para SUS (aço inoxidável)

MaterialEspessuraÂngulo de flexãoAbertura VRaio interiorTolerância de curvas
SUS0.59040.61.04
1000.79
1200.48
1350.3
1750.04
SUS0.59050.61.15
1000.88
1200.54
1350.33
1750.04
SUS0.59060.61.27
1001.13
1200.59
1350.37
1750.04
SUS0.69040.61.16
1000.88
1200.54
1350.34
1750.04
SUS0.69050.61.27
1000.97
1200.59
1350.37
1750.04
SUS0.69060.61.38
1001.05
1200.64
1350.4
1750.05
SUS0.89041.11.4
1001.06
1200.65
1350.4
1750.05
SUS0.89051.11.51
1001.15
1200.7
1350.44
1750.05
SUS0.89061.11.62
1001.23
1200.75
1350.47
1750.06
SUS19061.91.87
1001.42
1200.87
1350.54
1750.07
SUS19081.92.1
1001.6
1200.98
1350.61
1750.07
SUS1.29061.62.1
1001.59
1200.97
1350.61
1750.07
SUS1.29081.62.32
1001.76
1201.08
1350.67
1750.08
SUS1.290101.62.54
1001.93
1201.18
1350.74
1750.09
SUS1.59082.12.68
1002.03
1201.24
1350.77
1750.09
SUS1.590102.12.9
1002.2
1201.35
1350.84
1750.1
SUS29010 3.49
1002.65
1201.62
1351.01
1750.12
SUS29012 3.7
1002.82
1201.72
1351.07
1750.13

3. Tabela de tolerâncias de curvatura para SPHC (aço inoxidável)

MaterialEspessuraÂngulo de flexãoAbertura VRaio interiorTolerância de curvas
SPHC190V101.862.05
1001.58
1201.01
1350.62
1750.06
SPHC190V81.861.9
1001.47
1200.93
1350.6
1750.05
SPHC190V61.861.74
1001.35
1200.86
1350.56
1750.05
SPHC1.290V101.442.31
1001.78
1201.13
1350.73
1750.06
SPHC1.290V81.442.15
1001.66
1201.06
1350.69
1750.06
SPHC1.290V61.442
1001.55
1200.98
1350.64
1750.05
SPHC1.590V121.742.8
1002.17
1201.38
1350.89
1750.08
SPHC1.590V101.742.65
1002.05
1201.31
1350.85
1750.07
SPHC1.590V81.742.5
1001.94
1201.23
1350.8
1750.07
SPHC290V122.013.44
1002.66
1201.69
1351.1
1750.09
SPHC290V102.013.29
1002.54
1201.62
1351.05
1750.09
SPHC2.590V1834.6
1003.25
1202.26
1351.47
1750.12
SPHC2.590V1234.15
1003.21
1202.04
1351.32
1750.11
SPHC2.590V1034
1003.09
1201.97
1351.28
1750.11
SPHC390V183.15.22
1004.03
1202.57
1351.66
1750.14
SPHC390V123.14.78
1003.69
1202.35
1351.52
1750.13
SPHC390V103.14.63
1003.58
1202.28
1351.48
1750.13

4. Tabela de tolerâncias de curvatura para a CCEE (chapa de aço galvanizado)

MaterialEspessuraÂngulo de flexãoAbertura VRaio interiorTolerância de curvas
CCEE190V101.92.05
1001.58
1201.01
1350.62
1750.06
CCEE190V81.91.9
1001.47
1200.93
1350.6
1750.05
CCEE190V61.91.74
1001.35
1200.86
1350.56
1750.05
CCEE1.290V101.42.31
1001.78
1201.13
1350.73
1750.06
CCEE1.290V81.42.15
1001.66
1201.06
1350.69
1750.06
CCEE1.290V61.42
1001.55
1200.98
1350.64
1750.05
CCEE1.590V121.72.8
1002.17
1201.38
1350.89
1750.08
CCEE1.590V101.72.65
1002.05
1201.31
1350.85
1750.07
CCEE1.590V81.72.5
1001.94
1201.23
1350.8
1750.07
CCEE290V1223.44
1002.66
1201.69
1351.1
1750.09
CCEE290V1023.29
1002.54
1201.62
1351.05
1750.09
CCEE2.590V183.034.6
1003.56
1202.26
1351.47
1750.12
CCEE2.590V123.034.15
1003.21
1202.01
1351.32
1750.11
CCEE2.590V103.034
1003.09
1201.97
1351.28
1750.11
CCEE390V183.135.22
1004.03
1202.57
1351.66
1750.14
CCEE390V123.131.78
1003.69
1202.35
1351.52
1750.13
CCEE390V103.134.63
1003.58
1202.28
1351.48
1750.13

5. Tabela de tolerâncias de dobragem para chapas de alumínio

MaterialEspessuraÂngulo de flexãoAbertura VRaio interiorTolerância de curvas
AL0.89040.61.15
1000.81
1200.5
1350.36
1750.03
AL0.89050.61.2
1000.85
1200.52
1350.37
1750.03
AL0.89060.61.25
1000.88
1200.54
1350.39
1750.03
AL19060.61.49
1001.05
1206.5
1350.46
1750.04
AL19080.61.59
1001.13
1200.69
1350.5
1750.04
AL1.29060.91.73
1001.22
1200.75
1350.54
1750.04
AL1.29080.91.82
1001.29
1200.79
1350.57
1750.05
AL1.59081.22.18
1001.54
1200.95
1350.68
1750.06
AL1.590101.22.28
1001.61
1200.99
1350.71
1750.06
AL1.590121.22.38
1001.68
1201.03
1350.74
1750.06
AL290141.63.07
1002.17
1201.3
1350.93
1750.08
AL290121.62.98
1002.11
1201.34
1350.95
1750.08
AL290181.63.25
1002.3
1201.42
1351.01
1750.08
AL2.590182.43.89
1002.75
1201.7
1351.21
1750.1
AL390182.54.5
1003.18
1201.96
1351.4
1750.1
AL3.290182.54.74
1003.35
1202.06
1351.47
1750.12
AL490404.66.77
1004.79
1202.95
1352.11
1750.17
AL6.8908009.412.09
1008.55
1205.27
1353.76
1750.31
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Shane
Autor

Shane

Fundador do MachineMFG

Como fundador da MachineMFG, dediquei mais de uma década da minha carreira à indústria metalúrgica. A minha vasta experiência permitiu-me tornar-me um especialista nos domínios do fabrico de chapas metálicas, maquinagem, engenharia mecânica e máquinas-ferramentas para metais. Estou constantemente a pensar, a ler e a escrever sobre estes assuntos, esforçando-me constantemente por me manter na vanguarda da minha área. Deixe que os meus conhecimentos e experiência sejam uma mais-valia para a sua empresa.

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