Fórmula do subsídio de dobragem: Calculadora e gráficos

Já alguma vez se interrogou sobre como calcular com precisão a margem de curvatura para os seus projectos de fabrico de metais? Nesta publicação do blogue, vamos explorar o fascinante mundo das fórmulas e cálculos da tolerância à flexão. Como engenheiro mecânico experiente, guiá-lo-ei através dos conceitos-chave e fornecer-lhe-ei informações práticas para o ajudar a dominar este aspeto crucial do design de chapas metálicas. Prepare-se para mergulhar e desvendar os segredos da criação de dobras precisas e eficientes nos seus projectos!

Índice

O que é o subsídio de dobragem?

A tolerância de dobragem é um conceito crítico no domínio do fabrico de chapas metálicas, particularmente quando se trabalha com operações de dobragem. Refere-se ao comprimento adicional de material necessário para acomodar a dobra na chapa metálica. Compreender e calcular com exatidão a tolerância de dobragem é essencial para garantir que as dimensões finais da peça dobrada cumprem as especificações do projeto.

Importância no fabrico de chapas metálicas

Os cálculos exactos da tolerância de dobragem são vitais no processo de fabrico. Quando uma folha de metal plana é dobrada, o material no exterior da dobra estica-se, enquanto o material no interior se comprime. Sem ter em conta esta deformação, o produto final não corresponderia ao design pretendido, levando a imprecisões e potenciais falhas. A tolerância de dobragem ajuda os fabricantes a ajustar as dimensões do padrão plano, assegurando que a peça dobrada cumpre requisitos precisos.

Parâmetros-chave que influenciam a tolerância à curvatura

Vários parâmetros críticos influenciam os cálculos da tolerância à flexão:

  • Ângulo de curvatura (θ): O ângulo através do qual a chapa metálica é dobrada. É crucial converter este ângulo em radianos quando se utilizam determinadas fórmulas.
  • Raio interior (r): O raio da curva interior da dobra. Um raio mais pequeno resulta num maior estiramento e compressão, afectando a tolerância da curva.
  • Espessura do material (T): A espessura da chapa metálica. Os materiais mais espessos apresentam um alongamento e uma compressão mais pronunciados durante a flexão.
  • Fator K (K): Um rácio que representa a posição do eixo neutro em relação à espessura do material. Varia em função das propriedades do material e dos métodos de quinagem. O fator K varia tipicamente entre 0,3 e 0,5 para a maioria dos materiais, sendo 0,33 um valor comum para o aço macio.

O conceito de tolerância à flexão é a seguinte: quando uma folha de metal é dobrada, tem três dimensões - duas dimensões exteriores (L1 e L2) e uma dimensão de espessura (T).

É importante notar que a soma de L1 e L2 é maior do que o comprimento desdobrado (L), e a diferença entre os dois é conhecida como a tolerância à flexão (K).

Assim, o comprimento desdobrado de uma curva pode ser calculado como L = L1 + L2 - K.

Leitura relacionada:

Fórmula de dobragem

Fórmula de dobragem para aço

Como é que a fórmula para tolerância de curvatura criado? E como é que se calcula tolerância de curvatura?

A tolerância de dobragem depende do raio interior formado. A abertura inferior da matriz V determina o raio interior (I.R.) de uma peça formada. O raio interior para aço macio é 5/32 x abertura inferior da matriz V (W) quando o raio do punção é inferior a 5/32 x W.

Se I.R.< Espessura do material (t)

BA=3.1416180×(I.R.+t3)×A

Se I.R.> 2 x Espessura do material (t)

BA=3.1416180×(I.R.+t2)×A

Em que A= (180 - Ângulo de inclusão da curvatura)

Se o raio interior for igual a t ou 2t, ou entre t e 2t, a margem de curvatura é calculada por interpolação dos valores da margem de curvatura das duas fórmulas acima referidas.

Fórmula de cálculo da dobragem

Além disso, para calcular esta margem de curvatura, pode também utilizar a seguinte fórmula

BA=A×π180×(R+K×T)
  • BA - Subsídio de dobragem
  • A - dobrar ângulo em graus
  • R - raio de curvatura interior em m
  • K - constante
  • T - espessura do material em m

Esta fórmula tem em conta as diferentes geometrias e propriedades das peças a formar.

A espessura do material (T), o ângulo de flexão (A), o ângulo interno raio de curvatura (R), e o fator K do material a ser dobrado são os factores mais críticos neste cálculo.

Como se pode ver pela fórmula acima, o cálculo da margem de curvatura é um processo simples.

Pode determinar a tolerância à flexão substituindo os valores acima mencionados na fórmula.

Quando o ângulo de flexão é de 90°, a fórmula da tolerância à flexão pode ser simplificada do seguinte modo

BA=π2(R+K×T)

Nota: O fator K para a maioria dos materiais e espessuras padrão situa-se normalmente entre 0 e 0,5.

O valor do fator K pode ser calculado com precisão da seguinte forma Calculadora do fator K:

Formulações alternativas de dotação de dobra

Fórmula geral do subsídio de dobragem

A fórmula da tolerância de dobragem (BA) é essencial para calcular o comprimento de material necessário para formar uma dobragem. Esta fórmula geral é amplamente aplicável em diferentes materiais e métodos de dobragem:

BA=π180×ângulo×(raio+K×espessura)

Onde:

  • ( BA ) é a margem de curvatura.
  • ( Angle ) é o ângulo de curvatura em graus.
  • ( Raio ) é o raio de curvatura interior.
  • ( K ) é o fator K, que representa a posição do eixo neutro em relação à espessura do material.
  • ( Espessura ) é a espessura do material.

O fator K é crucial, uma vez que indica a posição do eixo neutro, que não muda de comprimento durante a flexão. Normalmente, o fator K situa-se entre 0,3 e 0,5 e varia consoante o tipo de material, a espessura, o raio e o método de dobragem.

Formulações específicas para materiais

Diferentes materiais têm propriedades únicas que necessitam de ajustes aos cálculos de tolerância de dobragem. Estes ajustamentos garantem a exatidão, particularmente nas curvas de 90°:

Latão macio ou cobre macio

Para materiais mais macios, como o latão macio ou o cobre, a margem de curvatura é calculada da seguinte forma:

BA = (0,55 × T) + (1,57 × R

Este ajustamento tem em conta a ductilidade do material e a sua menor resistência à deformação.

Cobre ou latão semi-duro, aço macio e alumínio

Para cobre semi-duro ou latão, aço macio e alumínio, a tolerância de dobra é:

BA = (0,64 x T) + (1,57 × R)

Estes materiais têm uma dureza moderada, exigindo uma tolerância ligeiramente superior à dos materiais mais macios.

Bronze, cobre duro, aço laminado a frio e aço para molas

Para materiais mais duros, como bronze, cobre duro, aço laminado a frio e aço para molas, a fórmula é:

BA = (0,71 x T) + (1,57 × R)

Estes materiais são mais resistentes à flexão, o que exige uma tolerância mais elevada.

Cálculo do comprimento plano

Para determinar o comprimento plano total da peça de chapa metálica, a margem de curvatura é adicionada aos comprimentos das partes planas:

Comprimento plano = Comprimento da perna 1 + BA + Comprimento da perna 2

Esta abordagem garante que as dimensões finais da peça são exactas após a dobragem.

Exemplo prático

Considere uma dobra de 90° numa folha de alumínio com uma espessura de 2 mm e um raio de dobra interior de 5 mm. Utilizando a fórmula específica do material para cobre semi-duro, latão, aço macio e alumínio:

BA = (0,64 × 2) + (1,57 × 5)

BA = 1,28 + 7,85=9,13

Se a peça tiver duas secções planas de 50 mm cada, o comprimento total do plano será:

Comprimento plano = 50 + 9,13 + 50 = 109,13 mm

Dedução de curvatura e recuo exterior

Para além da tolerância de curvatura, a dedução de curvatura (BD) e o recuo exterior (OSSB) são importantes para medições precisas:

Dedução de dobra (BD) = OSSB - BA

Onde:

  • ( OSSB ) é o recuo exterior, calculado como ( R + T ).
  • ( BA ) é a margem de curvatura.

Estas formulações e considerações são essenciais para calcular com precisão as tolerâncias de dobragem, assegurando que as peças de chapa metálica são fabricadas com as dimensões e o ajuste corretos.

Fórmula de dobragem para alumínio

A tolerância de dobragem é um fator crítico no processo de dobragem de chapa metálica, particularmente para materiais como o alumínio. É responsável pelo estiramento do material que ocorre durante a dobragem, garantindo dimensões finais precisas. Aqui, discutiremos a fórmula específica usada para chapas de alumínio e sua aplicação.

Explicação da fórmula

A tolerância à flexão para uma placa de alumínio pode ser calculada utilizando a seguinte fórmula:

𝐿=𝐿1+𝐿2-1.6𝑇

Onde:

  • 𝐿 é o comprimento total do padrão plano (tamanho expandido).
  • 𝐿1 e 𝐿2 são os dois comprimentos de flexão.
  • 𝑇 é a espessura da placa de alumínio.
  • 1,6𝑇 é o valor empírico da tolerância à flexão.

Valor empírico

O valor 1,6𝑇 é derivado empiricamente, o que significa que foi estabelecido através da experimentação prática e da experiência de produção. Este fator tem em conta o comportamento do material durante a flexão, garantindo que as dimensões finais são precisas.

Condições de aplicação

É fundamental notar que esta fórmula é especificamente aplicável em determinadas condições:

  • A abertura de flexão (a distância entre as linhas de flexão) deve ser 6 vezes a espessura da placa de alumínio. Isto assegura que o comportamento do material se alinha com o valor empírico utilizado na fórmula.

Utilização prática

Para determinar o tamanho expandido da placa de alumínio, siga estes passos:

  1. Medir os dois comprimentos de flexão 𝐿1 e 𝐿2.
  2. Medir a espessura 𝑇 da placa de alumínio.
  3. Aplicar a fórmula 𝐿=𝐿1+𝐿2-1.6𝑇.

Este cálculo dar-lhe-á o comprimento do padrão plano necessário antes de dobrar, assegurando que a peça dobrada final tem as dimensões correctas.

Calculadora de dobragem

A calculadora de tolerância de dobra fornecida abaixo simplifica o processo de cálculo do valor da tolerância de dobra, que é crucial para a fabricação precisa de chapas metálicas. A tolerância de dobragem é o comprimento do eixo neutro entre as linhas de dobragem, o que ajuda a determinar o tamanho correto da peça em bruto para uma peça dobrada.

Compreender as variáveis

Ângulo de curvatura (θ)

O ângulo de curvatura, denotado como θ, é um parâmetro crucial na fórmula da tolerância à curvatura. Representa o ângulo através do qual a chapa metálica é dobrada. O ângulo de curvatura é normalmente medido em graus, mas pode ser convertido em radianos utilizando a fórmula:

θradianos=θgraus×π180

Raio interior (r)

O raio interior, representado por r, é o raio da curva interior da dobragem. Este raio influencia diretamente a quantidade de alongamento e compressão que ocorre no material durante a dobragem. Um raio interior mais pequeno resulta numa deformação mais significativa, que deve ser tida em conta no cálculo da tolerância de dobragem.

Espessura do material (T)

A espessura do material, indicada como T, é a espessura da chapa metálica que está a ser dobrada. Os materiais mais espessos sofrem um alongamento e uma compressão mais pronunciados, afectando a tolerância global de dobragem. A medição exacta da espessura do material é essencial para cálculos precisos da tolerância de dobragem.

Fator K (K)

O fator K é um valor adimensional que representa a posição do eixo neutro relativamente à espessura do material. O eixo neutro é a linha teórica dentro do material que permanece inalterada em comprimento durante a flexão. O fator K varia com base nas propriedades do material e nos métodos de flexão, variando normalmente entre 0,3 e 0,5 para a maioria dos materiais. A fórmula para a posição do eixo neutro é:

Posição do eixo neutro = K × T

Eixo neutro

O eixo neutro é a linha imaginária dentro do material que permanece inalterada em comprimento durante a dobragem. Compreender a sua posição é crucial para calcular a tolerância de dobragem correta.

Tolerância de curvatura (BA)

A margem de curvatura, representada por BA, é o comprimento do eixo neutro necessário para formar uma curvatura. É calculado através da fórmula:

BA=(π180×θ×(r+K×T))

Esta fórmula utiliza o ângulo de curvatura, o raio interior, a espessura do material e o fator K para garantir cálculos precisos da tolerância de curvatura.

Tabela de tolerância de dobra

A tabela de tolerância de dobragem é um recurso essencial para os profissionais que trabalham com o fabrico de chapas metálicas. Fornece uma lista abrangente de parâmetros-chave, como a espessura do material, o raio de curvatura, o ângulo de curvatura, a tolerância de curvatura e os valores de dedução de curvatura para materiais comuns. Esta informação é crucial para calcular com exatidão o comprimento de desenvolvimento de uma peça de chapa metálica após a dobragem.

Ler mais:

(1) Tabela de tolerância à flexão para chapa de aço laminada a frio SPCC (chapa electrogalvanizada SECC)

TVÂngulo0.60.811.21.522.533.544.55Tamanho mais pequeno
V4900.91.42.8
V41200.7
V41500.2
V6901.51.72.154.5
V61200.70.861
V61500.20.30.4
V7901.61.82.12.45
V71200.80.91
V71500.30.30.3
V8901.61.92.22.55.5
V8300.30.340.40.5
V8450.60.70.81
V86011.11.31.5
V81200.80.91.11.3
V81500.30.30.20.5
V10902.73.27
V101201.31.6
V101500.50.5
V12902.83.654.58.5
V12300.50.60.7
V124511.31.5
V12601.722.4
V121201.41.72
V121500.50.60.7
V14904.310
V141202.1
V141500.7
V16904.5511
V161202.2
V161500.8
V18904.613
V181202.3
V181500.8
V20904.85.16.614
V201202.33.3
V201500.81.1
V25905.76.4717.5
V251202.83.13.4
V25150111.2
V32907.58.222
V321204
V321501.4
V40908.79.428
V401204.34.6
V401501.51.6

(2) Tabela de tolerância à flexão para chapas de alumínio

TVÂngulo0.60.811.21.522.533.544.55Tamanho mais pequeno
V41.42.8
V61.64.5
V71.61.85
V81.82.43.15.5
V102.43.27
V122.43.28.5
V143.210
V163.244.811
V184.813
V204.814
V254.85.4617.5
V326.36.922

(3) Tabela de tolerância à flexão para chapa de cobre

Ângulo0.60.811.21.522.533.544.55Tamanho mais pequeno
903.65.26.88.428
120
150

(4) Tabela de tolerância à flexão Amada

MATERIALSPCCSUSAl
(LY12)
CCEE
TΔTΔKΔTΔKΔTΔKΔTΔK
T=0.6 1.25 1.26    
T=0.80.181.420.151.45  0.091.51
T=1.00.251.750.201.800.301.700.381.62
T=1.20.451.950.252.150.501.900.431.97
T=1.40.642.16      
T=1.50.642.360.502.500.702.30  
T=1.6      0.692.51
T=1.80.653.00      
T=1.90.603.20      
T=2.00.653.350.503.500.973.030.813.19
T=2.50.804.200.854.151.383.62  
T=3.01.005.00 5.201.404.60  
T=3.2      1.295.11
T=4.01.206.801.007.00    
T=5.02.207.802.207.80    
T=6.02.209.80      

Nota:

  • O coeficiente V12 para o perfil C de 2 mm é de 3,65 e o coeficiente para outras placas de 2 mm é de 3,5). A tolerância de dobragem do bordo para a placa de 2 mm é de 1,4;
  • A tolerância de curvatura para uma placa de cobre de 6 mm é de 10,3;
  • A tolerância de curvatura para uma placa de cobre de 8 mm é de 12,5;
  • A tolerância de curvatura para uma placa de cobre de 10 mm é de 15;
  • A margem de curvatura para uma placa de cobre de 12 mm é de 17;
  • A tolerância de dobra para o aço inoxidável 3.0 com matriz V25 é de 6;
  • A tolerância de dobra para o aço inoxidável 3.0 com a matriz V20 é de 5,5;
  • (As barras de cobre com mais de 6 mm utilizam todas a tolerância à flexão de V40 matriz inferior)

Uma tabela de tolerância de dobragem bem mantida é uma ferramenta vital na indústria de fabrico de chapas metálicas. Garante precisão e eficiência no processo de dobragem, conduzindo, em última análise, a produtos acabados de maior qualidade e mais exactos. Ao compreender e utilizar os valores fornecidos na tabela, os engenheiros e fabricantes podem obter resultados óptimos nos seus projectos.

Importância do fator K

Introdução

No fabrico de chapas metálicas, alcançar precisão e exatidão é crucial para criar peças de alta qualidade. Um dos factores-chave que desempenham um papel significativo neste processo é o Fator K. Compreender o Fator K e a sua aplicação nos cálculos da tolerância de dobragem é essencial para que os fabricantes produzam peças que cumpram as especificações exactas e tenham um desempenho fiável em várias indústrias.

Definição do fator K

O fator K é um valor adimensional que representa a relação entre a distância do eixo neutro e a espessura do material. É crucial para cálculos exactos da tolerância de dobragem, que determinam a quantidade de material necessária para obter uma dobragem pretendida. O eixo neutro é uma linha imaginária dentro do material que não muda de comprimento durante a dobragem. Ao compreender o Fator K, os fabricantes podem prever como o material se comportará quando dobrado, assegurando processos de fabrico precisos e eficientes.

Cálculo e papel na tolerância de curvatura

O fator K é calculado utilizando a fórmula:

K=tT

Onde:

  • ( t ) é a distância da superfície interior ao eixo neutro.
  • ( T ) é a espessura do material.

A utilização do fator K na fórmula da tolerância de dobragem ajuda a prever o alongamento e a compressão do material durante a dobragem. A fórmula da tolerância à flexão é:

BA=(π180×θ×(r+K×T))

Para ilustrar este facto, vejamos um exemplo simples. Suponhamos que temos uma peça de chapa metálica com uma espessura (T) de 2 mm, dobrada num ângulo de 90 graus (θ), com um raio interior (r) de 5 mm e um fator K (K) de 0,4.

1. Converter o ângulo de curvatura em radianos:

θ=90×(π180)=π2

2. Aplicar os valores à fórmula da margem de curvatura:

BA=(π180×90×(5+0.4×2))BA=(π2×(5+0.8))]BA=(π2×5.8)BA9.11 mm

Este cálculo mostra que são necessários aproximadamente 9,11 mm de material ao longo do eixo neutro para obter a curvatura desejada, demonstrando a importância de um fator K preciso.

Influência na conceção de chapas metálicas

Precisão e exatidão

O fator K tem um impacto direto na precisão dos cálculos da tolerância de dobragem. Um fator K preciso garante que as dimensões finais da peça dobrada correspondem às especificações do projeto, reduzindo o desperdício de material e a necessidade de retrabalho. Esta precisão é vital para as indústrias onde as dimensões exactas são cruciais para a montagem e funcionalidade dos componentes.

Propriedades do material

Diferentes materiais têm propriedades mecânicas únicas, o que resulta em valores de fator K variáveis. Os materiais mais macios, como o alumínio, têm normalmente um fator K mais baixo, enquanto os materiais mais duros, como o aço inoxidável, têm um fator K mais elevado. Compreender estas variações permite aos fabricantes selecionar valores de fator K adequados para diferentes materiais, assegurando cálculos precisos e processos de fabrico eficientes.

Perguntas mais frequentes

Seguem-se as respostas a algumas perguntas frequentes:

Para que é utilizada a fórmula da dobragem?

A fórmula de tolerância de dobragem é utilizada para calcular o comprimento do eixo neutro de uma dobragem em chapa metálica, o que é crucial para determinar o comprimento correto do padrão plano antes de o metal ser dobrado. Este cálculo assegura que as dimensões finais da peça dobrada correspondem às especificações do projeto.

A fórmula tem em conta vários parâmetros fundamentais:

  • Ângulo de curvatura (A): O ângulo da curvatura, medido em graus ou radianos.
  • Raio interior (R): O raio da curvatura na curva interior.
  • Fator K (K): Um fator que tem em conta o comportamento do material durante a flexão, especificamente a sua tendência para esticar na superfície exterior e comprimir na superfície interior.
  • Espessura do material (T): A espessura da chapa metálica.

A fórmula geral para a tolerância à flexão (BA) é a seguinte

BA=π180×A×(R+K×T)

Utilizando esta fórmula, é possível calcular o comprimento exato de material necessário para formar uma dobra, assegurando que o material não se estique excessivamente nem se comprima demasiado. Esta margem de curvatura calculada é depois adicionada aos comprimentos das pernas da peça para desenvolver um padrão plano exato, que é essencial para produzir peças com dimensões precisas.

A fórmula da tolerância de dobragem também está relacionada com a dedução de dobragem, que é o comprimento que tem de ser subtraído do comprimento total da chapa metálica para obter o padrão plano correto. A dedução de dobragem é calculada utilizando a tolerância de dobragem e o recuo exterior, assegurando que as dimensões finais da peça são exactas após a dobragem.

Por exemplo, se estiver a dobrar uma chapa de aço inoxidável de 2 mm de espessura num ângulo de 90° com um raio de curvatura interior de 3 mm e um fator K de 0,44, a margem de curvatura pode ser calculada da seguinte forma:

BA=π×(3+0.44×2)×(90180)4.39 mm

Esta margem de curvatura é depois utilizada para garantir que o padrão plano é corretamente desenvolvido, resultando numa peça que cumpre as especificações do projeto. Em resumo, a fórmula de tolerância de dobragem é essencial para o fabrico preciso de chapas metálicas, assegurando que as peças finais são produzidas com as dimensões corretas.

Como é que se calcula a margem de curvatura numa chapa metálica?

Para calcular a margem de curvatura em chapas metálicas, é necessário determinar vários parâmetros-chave: espessura do material (T), ângulo de curvatura (θ), raio interior (r) e o fator K (K). A margem de curvatura (BA) é calculada utilizando a fórmula:

BA=θ180×π×(r+K×T)

Aqui está um processo passo a passo:

  1. Reunir parâmetros: Obter a espessura do material (T), o ângulo de curvatura (θ), o raio interior (r) e o fator K (K). O ângulo de curvatura deve ser o ângulo complementar, que é o ângulo exterior à curvatura.
  2. Converter ângulo de curvatura: Se o ângulo de curvatura for dado em graus, pode utilizá-lo diretamente na fórmula. Se for dado em radianos, deve ser convertido corretamente.
  3. Aplicar a fórmula: Utilize a fórmula para calcular a tolerância de dobragem. Por exemplo, se o ângulo de curvatura for de 120 graus, o raio interior for de 0,062 polegadas, a espessura do material for de 0,062 polegadas e o fator K for de 0,446:
BA=120180×π×(0.062+0.446×0.062)BA=120180×π×(0.062+0.027652)BA=120180×π×0.089652BA=0.18828 polegadas
  1. Cálculo alternativo: Outra fórmula comum é:
BA=[(0.017453×r)+(0.0078×T)]×θ

Utilizando esta fórmula, para os mesmos parâmetros:

BA=[(0.017453×0.062)+(0.0078×0.062)]×120BA=[0.001083+0.000486]×120BA=0.001569×120=0.18828 polegadas
  1. Aplicar o subsídio de curvatura: Adicionar a margem de curvatura calculada aos comprimentos das pernas da peça para determinar o tamanho correto do modelo plano.

Seguindo estes passos e utilizando a fórmula adequada, pode calcular com precisão a margem de curvatura para as suas peças de chapa metálica, assegurando um fabrico preciso.

Porque é que o fator K é importante na fórmula da tolerância de curvatura?

O fator K é importante na fórmula da tolerância de dobragem por várias razões, cada uma delas realçando o seu significado no fabrico de chapas metálicas de precisão. Em primeiro lugar, representa a relação entre o eixo neutro e a espessura do material. Durante a dobragem, o eixo neutro desloca-se da sua localização original em 50% da espessura do material para a superfície interior da dobragem. Esta deslocação é crítica porque determina a quantidade de alongamento que ocorre no material. O fator K ajuda a calcular esta nova localização, o que é essencial para cálculos de dobragem precisos.

Em segundo lugar, o fator K é fundamental no cálculo da margem de curvatura, que é o comprimento da fibra neutra desde o início até ao fim do arco gerado pela curvatura. Este cálculo é necessário para determinar a dimensão plana da chapa metálica necessária para obter a forma de dobra desejada. A tolerância de dobragem é diretamente influenciada pelo fator K, uma vez que este é responsável pelo alongamento do material durante o processo de dobragem.

Além disso, a utilização do fator K permite cálculos precisos de deduções de dobragem, recuos exteriores e a disposição plana geral da peça. Esta precisão é vital porque garante que as dimensões finais da peça dobrada correspondem às especificações do projeto, evitando erros que poderiam surgir da utilização de valores genéricos ou imprecisos do fator K.

O fator K varia com base em vários parâmetros, incluindo o tipo de material, a espessura, o método de conformação, as ferramentas e o ângulo de dobragem. Esta variabilidade significa que o fator K deve ser adaptado às condições específicas do processo de quinagem. Ao considerar estes factores, o fator K ajuda a personalizar a fórmula de compensação de dobragem para obter resultados mais precisos.

Finalmente, um valor correto do fator K é essencial para evitar erros nas dimensões finais da folha dobrada. Valores incorrectos do fator K podem levar a imprecisões nas tolerâncias de dobragem, resultando em peças que não cumprem as especificações exigidas. Por conseguinte, determinar e utilizar com precisão o fator K é fundamental para produzir componentes de elevada qualidade.

Em suma, o fator K é importante porque permite o cálculo preciso das tolerâncias de dobragem, tem em conta o deslocamento do eixo neutro e considera os parâmetros específicos do material e do processo, todos eles essenciais para obter resultados precisos e fiáveis na dobragem de chapas metálicas.

Quais são as variáveis comuns na fórmula do subsídio de dobragem?

A fórmula da tolerância de dobragem na dobragem de chapas metálicas inclui normalmente diversas variáveis-chave:

  • Ângulo de curvatura (A): É o ângulo em que a curva é efectuada e é normalmente medido em graus. É frequentemente utilizado na sua forma complementar em cálculos.
  • Raio interior (R ou Ir): Refere-se ao raio da curvatura no interior do material. É um fator crucial para determinar a tolerância de dobragem.
  • Espessura do material (T ou Mt): É a espessura da chapa metálica a dobrar, que afecta o fator K e a tolerância global de dobragem.
  • Fator K (K): Representa a percentagem da espessura do material onde não há alongamento ou compressão, essencialmente o eixo neutro. O fator K varia em função do tipo e das propriedades do material.

A margem de curvatura (BA) pode ser calculada através da fórmula:

BA=π×(R+K×T)×(A180)

ou

BA=[(0.017453×Ir)+(0.0078×Mt)]×Ângulo de curvatura complementar

em que (0,017453) é (π/180) e (0,0078) é (π /180) x K) - fator.

Estas variáveis são essenciais para determinar com exatidão a tolerância de dobragem, que é crítica para o fabrico preciso de chapas metálicas.

A fórmula da tolerância de curvatura pode variar com base no tipo de material?

Sim, a fórmula da tolerância de dobragem pode variar significativamente com base no tipo de material, bem como noutros factores como a espessura do material, o ângulo de dobragem e o processo de dobragem específico.

O fator K, um componente crítico da fórmula da tolerância à flexão, representa a deslocação do eixo neutro teórico durante a flexão e varia consoante o material. Por exemplo, o aço macio laminado a frio utiliza normalmente um fator K de cerca de 0,446, enquanto outros materiais, como o aço inoxidável e o alumínio, têm factores K diferentes devido às suas propriedades e comportamentos de flexão únicos.

A fórmula da tolerância de curvatura também incorpora a espessura do material e o ângulo de curvatura, que podem diferir consoante os materiais. Uma forma geral da fórmula da tolerância de curvatura é:

BA=(π180×θ)×(r+K×T)

onde:

  • ( \theta ) é o ângulo de curvatura,
  • ( r ) é o raio interior,
  • ( K ) é o fator K,
  • ( T ) é a espessura do material.

Diferentes materiais têm propriedades distintas, tais como elasticidade, resistência à tração e direção do grão, que influenciam o seu comportamento de dobragem. Por exemplo, o alumínio dobra-se mais facilmente do que o aço, exigindo ajustes no cálculo da tolerância de dobragem. Além disso, dobrar um metal ao longo da sua direção de grão pode exigir mais força e uma tolerância de dobragem diferente em comparação com a dobragem ao longo do grão.

A tendência do material para recuar após a flexão, conhecida como recuo elástico, também deve ser considerada. Isto implica uma ligeira sobreflexão do material para ter em conta a recuperação elástica, influenciada pelo tipo de material e pelas suas propriedades.

Em resumo, a fórmula da tolerância de dobragem deve ser adaptada ao material específico que está a ser utilizado, considerando as suas propriedades únicas, a espessura e o processo de dobragem envolvido.

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Shane
Autor

Shane

Fundador do MachineMFG

Como fundador da MachineMFG, dediquei mais de uma década da minha carreira à indústria metalúrgica. A minha vasta experiência permitiu-me tornar-me um especialista nos domínios do fabrico de chapas metálicas, maquinagem, engenharia mecânica e máquinas-ferramentas para metais. Estou constantemente a pensar, a ler e a escrever sobre estes assuntos, esforçando-me constantemente por me manter na vanguarda da minha área. Deixe que os meus conhecimentos e experiência sejam uma mais-valia para a sua empresa.

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